22/07/2002


As vezes eu olho no espelho e vejo um babaca sentimental que prefere ficar se maldizendo por nenhum motivo aparente ao invés de sair correndo e viver. As vezes eu odeio essa tal "profundidade" na minha personalidade que faz minha cabeça ficar dando voltas ao invés de ser prático. Muitas vezes eu não entendo porque reclamo sem ter do que reclamar, a não ser da minha apatia. Reclamo de barriga cheia e se não tenho ou não sou, é porque não lutei pra ter ou ser. Acho que o motivo da minha vida é esse, ser o coitadinho. Tenho que assumir minhas culpas.

Cacete, estou nonsense pra caramba. E estou aqui com remelas no olho ao invés de estar correndo atrás da vida. Sempre lutei sob o discurso de no meu último suspiro poder bradar "Valeu a pena". Mas no contracenso do discurso, a prática é que sempre atuei sob a inércia do momento. Deixei sempre pra amanhã, mas os amanhãs não serão eternos. Um dia eles acabam e não terei o direito de reclamar dos ontens. As vezes gostaria de ver os créditos deste filme pra ver quem é o maldito ator que tomou o meu lugar...