11/01/2007

O elo quebrado.

Well amigo do Uatafóc. Estamos aqui mais uma vez pra responder a uma corrente ingrata que Júlio César Almeida e a digníssima namorada me mandaram. O lance da vez é fazer um top 5 das coisas que eu odeio. Bah, como se isso fosse realmente necessário.

Pois bem, inicialmente pensei no óbvio. Eu ODEIO CORRENTES. Porém não creia que esse tipo de coisa entraria num top 5. Mais do que correntes eu odeio

Obviedades

Sim, coisas óbvias, pessoas óbvias, situações óbvias, conversas óbvias. O pior de tudo é que com a evolução pessoal mais um QI descomunal tudo e todos cada vez mais se tornam óbvios. É uma tendência natural das coisas afinal com o tempo e uma boa estrutura a gente vai acumulando conhecimento. Coisa que definitivamente a gente não faz quando

É Obrigado

a fazer um coisa, tipo atualizar o blog como estou fazendo. Ser obrigado a fazer qualquer coisa é simplesmente odioso. Desde ser obrigado a conversar com uma pessoa óbvia até comparecer a um compromisso qualquer. Ser obrigado a fazer qualquer coisa deveria ser proibido constitucionalmente. Mas a partir do momento que somos obrigados a votar como podemos esperar não sermos obrigados ao resto. Mesmo porque esse país é comandado por

Gente Burra

Simples assim. Quando era mais novo eu era um pouco mais paciente. Cheguei a dizer que burrice não existia, o que existia era falta de instrução. Mas a maturidade me permitiu enxergar que burrice existe sim e infelizmente é a regra, não a excessão. E cada vez mais, no dia a dia encontro gente assim no

Trabalho

que é a coisa mais asquerosa e repugnante que existe. Não venham me falar que gostam de trabalhar, que o trabalho enobrece o homem ou que é uma delícia se fazer o que gosta. Negativo, mesmo porque trabalhar é um "ser obrigado a" e o da pior espécie. Qualquer idiota burro e óbvio pode vir falar que ninguém é obrigado a trabalhar, blablablá. Faça o favor de não exercitar 3 ítens do meu top 5 sendo

Gente que sempre tem uma sugestão ou opinião

sobre alguma coisa. Neste caso o ítem é muito amplo, visto que apesar deste título engloba também aqueles idiotas burros e "bem intencionados" que estão sempre dispostos a ajudar em alguma coisa simplesmente pra massagear o próprio ego. 100% juíz penitente, manja? Na realidade são pessoas pedantes. Mas no fundo, no fundo, se vc fizer uma análise lógica em meus ítens é bem deduzível que no cerne da questão o top 0 dos meus ódios é simplesmente

Gente

porque gente é óbvia, me obriga a fazer coisas, é burra, me dá trabalho e insiste em dar sua sugestão.

Não vão ter indicados pra continuar a corrente só pra dar sentido ao título do post. Quer dizer, foda-se, sobra só pro Júlio atualizar o Zoei Grandão como já é praxe e tradição quando ele me indica pra uma corrente :-P

08/01/2007

Exílio.

Cabeça de vaca, dizia meu pai. Aquele porco.

E salve Camus, o dono da melhor escrita já escrita.

Valeu e muito Julião pelo fantástico presente de natal. Desculpa se eu te zoei grandão... :-P

04/01/2007

Peter who?

Se vc não gosta de considerações filosóficas feche o Uatafóc agora. Se vc gosta, feche também. Aliás, feche agora essa droga, não perca seu tempo, vá viver um pouco.

Esse post é uma auto-consideração, mas com certeza serve pra vc tb. Se vc não fechou o navegador como mandei alí em cima com certeza você tem problemas e vou falar um pouco disso, acho. Sempre tive uma certa atração por duas peças infantis, "Pedro e o Lobo" e "Peter Pan". Não, não tenho um fetiche secreto por homens chamados Pedro. Aliás, nem gosto desse nome. Um nome tão estúpido como Fabio ou Cláudio.

Mas voltemos. Sempre gostei do tema implícito nestas duas peças. Pedro e o Lobo é uma obra-prima, tanto no mote, quanto na música (sim, é musicada). Não vou me aprofundar muito nela, fica apenas uma dica, se vc ainda não leu e/ou viu, procure se informar, vale e MUITO a pena.

Já p tema Peter Pan é meio batido. Nomeia até mesmo uma tal síndrome, ou pelo menos finge nomear. Não sei ao certo o quanto isso é sério visto que a profusão de livros de auto-ajuda nomeando e criando doenças inexistente abunda e, literalmente, este deveria ser o destino de todas. Desde o uso útil porém desconfortável como papel higiênico até como uma volta às origens de seu escritor, porém por uma via mais proctológica.

Porém, por mais batido que o tema seja, ele sempre volta e incomoda porque mexe com um dos aspectos mais escondidos da pisquê humana. O tempo e por consequência a própria morte. Sentido da vida e por aí vai.

Nunca fui um completo apaixonado pela história. Nem era minha preferida quando criança (perdia de longe pra Pedro e o Lobo). Não me emocionei com "A Volta do Capitão Gancho" no cinema, apesar do filme ser bom dado o desconto do sentimentlóidismo holiwoodiano (corre pra registrar o termo). Não, a história do eterno menino internalizado em cada homem maduro é uma balela besta, chata, boba, cocô, xixi e hipócrita. Porém, nestes poucos dias de descanso que tive agora nas festas (rá) tive a oportunidade de assistir "Em busca da terra do nunca". Não assistiu? ASSISTA!

Antes de dormir um pensamento horrível tomou conta da minha cabeça e, com certeza, 100% inspirado por esse filme maldito que teve o displante de quase me arrancar lágrimas. E ele de certa forma vai na contra-mão do pensamento original suscitado pela história de Peter Pan. Não o eterno menino dentro de cada um de nós mas, exatamento o oposto. O que fizemos com esse tal de menino.

Nos dias de hoje (talvez nos de sempre, não sei dizer) não fazemos questão de não crescer. Procuramos desesperadamento o oposto. Crescer antes do tempo. Corremos pra isso de forma desesperada tentando ser maduros, cultos, inteligentes, bem sucedidos. E, no final dessa nossa história deixamos de ser um menino sem sombra pra sermos apenas uma sombra. Sombrios, escuros, precisando desesperadamente de qualquer nesga de luz pra nos fazermos notar, morrendo na escuridão completa porque não conseguimos nos distinguir dela em nenhum aspecto. Babacas, todos nós. E não, não venha me dizer que basta acreditar...