08/08/2003

Continuando...

Passado um tempo do tratamento veio o primeiro (de muitos) baixo. Toda a euforia e o bem estar passou. Voltou todo o desânimo. Pelo menos é o que eu pensava.

Na realidade o medicamento não é um milagre. Ele segura bem a onda da incapacidade do organismo de produzir serotonina e outras ninas dessas aí. Mas não é um milagre. Segura apenas 40% do seu estado. A real causa da depressão não é a falta de serotonina. Isso é consequência.

E como quando estamos gripados e com febre. A febre deixa a gente em estado de merda. Ué, tomamos um antitérmico e pronto, a febre baixa. Porém, se não cuidarmos da gripe (causa) a febre (consequência) pode voltar, e daí nem antitérmico dá jeito!

A depressão é mais ou menos assim. O anti-depressivo segura os sintomas, mas não cura a causa. O que cura a causa (espero) é a análise e o acompanhamento psicológico. É nisso que aposto as minhas fichas. Nesse tempo todo tenho tido, de tempos em tempos, altos e baixos. Mas é como numa subida de serra em estrada. A estrada não é uma linha reta para cima, ela é cheia de curvas, subidas e algumas descidas. Mas no geral você está sempre subindo.

Nos primeiros meses, junto com a euforia veio o tratamento a RISCA. Sempre gostei de chutar um pouco o balde. Basta ler esse blog pra saber que curto encher a cara. Com o tratamento larguei mão de beber geral. Foi só Kronnembier e olhe lá.

Na festa de final de ano da empresa, tomei em 3 horas 2 caixas inteiras de Kronnembier. Pronto, enjoei dessa porra. Hoje, já bebo novamente. Óbvio que não do jeito que bebia antes, mas até um ou dois porrezinhos já tomei. Sem nunca parar com o medicamento. Também não misturo bebida com o ansiolítico porque esse pode dar merda. Merda FEIA! Mas o anti-deprê continuo tomando numa boa...

continua...