09/12/2003

Ruiva

Qual não foi a minha própria surpresa hoje, no fumódromo, quando lembrei de um detalhe importantíssimo da minha vida : EU JÁ NAMOREI UMA RUIVA!

Eu tinha de 17 pra 18 anos e tinha acabado de mudar de Santos para São Paulo. Arrumei meu primeiro emprego por aqui, numa escola de informática chamada DataByte. Nessa escola eu, recém formado técnico em processamento de dados iria trabalhar como programador. Existia nesta escola uma ruivinha, de uns 19 anos chamada Bete, que era a responsável pelas agendas e seleção dos professores da escola.

Ruivinha daquelas legítimas, cabelo água de salsicha, sardenta. Não tinha olhos claros (acho que daí a decepção e o bloqueio mental até hoje).

Acabei me enroscando com ela e começamos a namorar. Mas era complicado, eu, um moleque sem grana, sem carro, morando em Pinheiros e ela morava lááááá na ZL, perto da estação Bresser.

Ela trabalhava das 10:00 as 19:00 e eu das 14:00 as 22:00. Daí já se pode prever meu comportamento totalmente babaca com mulheres. A hora de saída dela coincidia com a minha hora de lanche, e eu a acompanhava de metrô até em casa, ao invés de ir lanchar.

Numa destas acompanhadas, resolvi que não tinha sentido deixá-la sempre na esquina e resolví acompanhá-la até a porta de casa. Eis que sai a madrasta dela com uma vassoura e me persegue pela rua, até a entrada do metrô! Tá bom que era noite, escuro, etc. Mas nunca passei tanta vergonha na vida como aquele dia. Ridículo.

Por essas e outras nosso "namoro" não durou mais de 2 meses. E na inocência (sim, naquela época existia isso, acho) nem sexo rolou. Mas, no dia em que decidí terminar com ela, rolou sexo sim, mas não com ela. Foi numa outra situação e com outra pessoa, mas que conto depois.

Afinal, foi mais um dos capítulos de gafes que me perseguem...