11/12/2003

Segundo Papelão...

Poderia também ser : Como traí minha namorada ruiva cuja mãe me perseguia com vassouras

Bom, a história, estória ou afim (saudade da Paula) começa mais ou menos dessa forma.

Eu tinha acabado, como disse, de mudar para São Paulo. Estava fazendo cursinho no Anglo e era virgem (uia!). Nessa época, tive a minha melhor amigA mulézinha de todos os tempos. O nome dela era Luciana, uma carioca totalmente maluca, da minha idade, gatinha loira de olhos verdes e que me apresentou Asimov e pra quem eu apresentei Pink Floyd. Era uma amizade verdadeiramente fraterna, onde ficavamos horas (ou dias) conversando, e até trocar de roupa juntos e dormir abraçados rolou. Hoje, sem aquela inocência toda, acho que teria traçado ela de cara, e perdido muitas boas lembranças.

Bom, voltando ao que interessa. A Lú ia dar uma festa na casa onde morava, que ficava em Cotia (Granja Viana). Um bairro que já foi fudêncio aqui e São Paulo, e só tinha mansões. O porém é que era meio longe, no meio de uma rodovia e eu não tinha carro. A festa seria no sábado a noite, e agitei de trazer um amigo de Santos (meu grande amigo na época) com dois intentos. O primeiro pra irmos a festa e curtir um pouco. E daí também já aproveitei pra marcar uma ponta no domingo com a minha namorada ruiva e uma amiga dela pra engatilhar os dois.

Pra festa precisávamos levar não sei quantas cervejas (e cerveja naquela época era de garrafa, nada dessa profusão de latas que temos hoje). Então bóra pegar uma mochila, encher até o tampo de garrafas de cerveja e ir pro pronto do Largo de Pinheiros pegar o busão que ia paquelas paradas. No caminho, uns 2 conhaques com limão, que a gente não era de ferro e ainda tínhamos fígado.

Chega no ponto, ambos travados, Marcelo (o cara de Santos) resolve relaxar um pouco e deixa a mochila delicadamente deitar-se ao solo, de uma altura de uns 50 centímetros. Entre mortos e feridos apenas 4 garrafas foram pro saco. Mas o suficiente pra impregnar a mochila e nós mesmos de um cheirinho característico de pés-de-cana! :-)

Subimos no ônibus, todo mundo olhando e zarpamos rumo ao kilômetro 33.5 da Rodovia, nosso ponto de referência. Detalhe, não era no kilômetro 33.5 e sim no kilômetro 3.5. Mas só fomos notar isso lá pelo kilômetro 10.

Descemos do busão no meio do nada e toca caminhar até o ponto indicado.

Continua... :-)