24/04/2006

A feminilização do homem contemporâneo.

Antes que as pedras voem não, não vou defender o chauvinismo, o machismo a lá Jesse Valadão nem nada parecido. Só vou falar das constatações e, por incrível que pareça, das queixas das próprias mulheres.

A tese defendida é a feminilização (tente falar isso depois de uma cachaça e 10 cervejas) do homem contemporâneo! Sim, estamos todos virando mulherzinhas e nem estamos nos dando conta disso.

Hoje, o perfil do homem moderno é: Sensível, atencioso, dedicado, preocupado minimamente com a aparência, com os sentimentos femininos também. Faz questão de ser especial. Faz questão de ser 100% íntegro em relação a relacionamentos. Preocupa-se em exercitar a empatia. Ou seja, uma mulher.

A idéia desse post saiu de uma conversa da madrugada com Alê Felix, Gabs e Júlio César. Os textos da Alê e do Júlio só vieram confirmar as minhas suspeitas e certezas.

Quando as mulheres começaram a alçar o vôo da igualdade entre sexos elas tiveram que batalhar bastante para conseguir projeção. Basicamente a maioria "masculinizou" sua forma de pensar, de agir. Essa linha limítrofe é que começou a criar o medo. O homem, de repente se viu inserido em um universo no qual sua hegemonia não era mais natural. Começou a competição. Porém o homem entrou nessa competição com uma carga que as mulheres não tem que enfrentar. A figura da mãe.

É claro, cientificamente provado, que a postura do homem perante qualquer mulher é infinitamente influenciada pela figura da mãe. Inserido neste contexto de "competição" a figura materna entra como um meio de intimidação nas relações entre homens e mulheres. Tentando ser mais claro: Homens não se intimidam por mulheres. Porém, quando está frente a frente com uma mulher que "compete" com ele o homem enxerga a única mulher que sempre o peitou de frente. Sua mãe. Nessa condição é natural que ele se sinta inferiorizado.

Pois bem. Agora transportemos esse estado das coisas para as relações afetivo-amoroso-sexuais entre homens e mulheres. As mulheres, por conta da sua nova necessidade de se imporem perante tudo e todos, começaram também a se impor em suas relações. É humanamente impossível esperar que pessoas consigam ter uma separação tão grande em sua personalidade a ponto de adotarem posturas diferentes em sua vida pessoal, profissional e amorosa. É lógico que tudo isso entra em um mix que acaba sendo a expressão maior do que a pessoa é. Portanto, a "culpa" (esse é o pior termo possível, esse post não é acusativo, é apenas uma constatação sem culpados) não é das mulheres, nem de ninguém.

Mulheres se impondo em relacionamentos... Temos dois aspectos importantíssimos aqui:

1) Mulheres são indecisas. (duvida? Vá com elas fazer compras, ou fique no quarto enquanto elas trocam de roupa)
2) Homens são obtusos em relacionamentos. (Nem precisa explicar)

O que esperar de uma mulher indecisa impondo condições a uma relação e um homem obtuso e intimidado (figura materna, lembra?) ? O que vemos hoje em dia. Um homem perdido, que não sabe o que tem que ser e se adaptando cada vez mais aos "desejos" femininos do homem ideal (que é uma mulher na realidade, muito bem explicado pela Alê) e uma mulher 100% descontente com o homem de hoje, que ela mesma fabricou por conta de sua indecisão.

Nada é mais furado do que o discurso feminino quando ele tenta explicar qualquer coisa ideal. Mulher não sabe o que é ideal. Não faz parte da natureza dela (toda regra...)

No fundo, no fundo, uma mulher não quer um homem sensível, amigo, companheiro, compreensivo, que tenha empatia. Quando a coisa aperta e a cabeça da mulher finalmente fica clara (é apenas nestes momentos que isso acontece) o que a mulher realmente deseja é: Certeza, decisão, pulso, ombro forte, estabilidade, franqueza (no sentido de expor as coisas sem voltinhas), estrutura, fortaleza.

Traduzindo: As mulheres desejam o que não tem, desejam a figura paterna.

Os homens hoje estão se tornando amiguinhas das mulheres. Acordem companheiros.