05/04/2006

Tratado sobre o trabalho - Parte II

Desculpem-me a demora em continuar este importante tratado. O trabalho me impediu.

Como vimos na primeira parte a vida era uma beleza, comida, sexo e sonecas. Talvez alguma atividade artística. Depois que um babaca incompetente resolveu "comprar" uma mulher, acabou plantando a semente do nosso inferno atual.

A mulhereda que vem aqui anda amarrando meu nome na boca do sapo, pensando que estou sendo machista ou dizendo que os homens trabalham mais que as mulheres ou coisa que o valha. Desculpem-me meninas, vcs não interpretaram o texto corretamente. Em nenhum momento falei isso. Só falei de duas coisas concretas: Mulheres cobiçam coisas, homens cobiçam sexo. E a união destas duas coisas é que gerou, a priori, a necessidade de trabalho.

Continuemos. As coisas começavam a degringolar. Homens e mulheres trabalhavam pra comprar uns balangandãs com comida. Chegou num ponto que os caras que detinham o controle de produção dos cacarecos acabavam ganhando muito mais comida do que precisavam e descobriram que podiam usar essa comida pra pagar outras pessoas que não eram muito boas na caça ao mamute pra juntar cipós, pedrinhas coloridas, limpar ossos. Assim nasceu a especialização.

Antes, quem queria comer que se virasse. Não era bom em caçar, ou dependia da bondade alheia pra ganhar um naco de carne ou se virava com frutinhas. Pois bem, algum frutinha que não sabe caçar podia muito bem arrumar umas pedrinhas coloridas lindéééésimas e trocá-las por carne. Corrigindo, assim nasceu a especialização e a veadagem, mas isso é outra história.

Com o passar do tempo, os caras que fabricavam os cacarecos empregaram esses mesmos pederastas pra montar uma fábrica de troços e pronto, nasceu o empregador.
Quando a humanidade percebeu, todo mundo tinha uma tarefa que tinha que desempenhar se quisesse ter as coisas que queria, fosse breguetes, sexo ou comida. E dessa prisão não conseguimos escapar até hoje.

Passados alguns anos, tipo assim na idade média as coisas acabaram por vez de se perverter. Domínio opressivo da igreja, senhores feudais (que eram antes disso fabricantes de brique-braques) e um povo que trabalhava pra cacete a troco de apenas comida. Ninguém mais tinha direito a comprar breguenites e sexo, bem, sexo caiu para terceira opção, visto que não era mais material de troca. Assim começou a putaria!

Depois veio a peste negra, mas isso fica pra depois...

continua...