23/12/2007

Menos um!

É, menos um. Um tempo atrás escreví a teoria dos setenta. Setenta anos é uma boa idade pra morrer. Nem tão velho, nem tão novo. Realmente não acredito que minha vida saudável até aqui me leve até tão avançada idade. Porém, tomando ela como um ponto arbitrário, ano passado virei os 50%. A partir daí a conta é de menos, não de mais. Bah, estou escrevendo um monte sem dizer nada, pra variar.

Tudo isso aí em cima é só pra justificar o título, enquanto penso realmente o que vou escrever à respeito desse ano. 2007 foi um ano bem sui generis (não faço a menor idéia de como se escreve isso). Quando pensei em escrever esse post tentei relembrar as coisas que aconteceram este ano e simplesmente não lembrava de nada marcante. Mas foi sim um ano marcante e diferente.

Um ano que profissionalmente foi massacrante, estressante, desanimador. O ano onde diminuí minha renda assustadoramente, onde a empresa chegou a respirar por aparelhos, onde fiquei muito, muito desanimado e questionei meu passado, meu comprometimento e meu futuro. Mas que acaba como um ano de limbo. Depois da queda a recuperação e finaliza o ano como começou, mas com alguma perspectiva de melhora. Também foi o ano que inaugurei aquele negócio que pra mim era uma incógnita, quase uma lenda. Férias.

Um ano que sentimentalmente foi no mínimo estranho. Começou bem, infelizmente onde eu apostava todas as fichas não deu certo. O ano onde definitivamente cheguei a conclusão que não serei pai e que as chances de ter uma família nos moldes tradicionais é algo que não vai ocorrer. Não, não é lamentação, simplesmente uma constatação boa e não melancólica de que não fui feito para coisas tradicionais. Um ano de algumas paixões, outras furadas, algum arrependimento. Um ano em que sem fugir das minhas regras me enfiei em coisas problemáticas como sempre me enfio. Um ano em que magoei gente que não deveria MESMO mas que infelizmente fugiu ao meu controle e espero conseguir no mínimo me explicar. Mas um ano que termino bem, contabilidade zerada.

Um ano onde consolidei a minha fogueira interna, sem altos e baixos tão grandes. Um ano que definitvamente não ví a minha depressão crônica aparecendo. Soube lidar com meus momentos, viví, rí, chorei e que definitivamente a única coisa que ainda não conseguí conciliar foi o sono.

Um ano de surpresas nas amizades, na consolidação de amigos que passaram por perrengues comigo, por situações que fariam amizades superficiais irem pro saco mas que fizeram amizades verdadeiras se fortalecerem (né redator? ;-)), outras amizades manterem aquela calma e conforto gostoso e aquele bem querer genuíno que faz a gente se sentir querido acima de tudo (né porpetinha? né ovelhinha?) e três amizades mais superficiais se tornarem surpresas e evoluirem pra coisas mais vicerais e definitivamente necessárias (né zander, trem e daygo?)

Um ano bom, um ano ruim. Apenas mais um ano. Quem me conhece sabe que não sou dado a estas reflexões, que acho que datas são apenas padrões que não merecem respeito. Mas hoje acordei achando que tinha que escrever e aqui está. Um ano como só ele foi.

Fiquem bem putada. 2008 eu escrevo o "tratado do orgasmo" e o "tratado da paixão"...

PS. 2007 foi o Ano do Zoei Grandão, assim como 2008 tb vai ser ;-)

PS2. Não falei que quando comecei a escrever não lembrava de nada? Não falei que datas são padrões que não merecem respeito? Tem uma coisa aí que não é de 2007, é de 2006. Mas como não falei nada em 2006 fica assim mesmo, né redator? :-P