25/09/2006

Nunca mais...

Essas palavras saiam da boca dele cotidianamente.Mas, diferente de todas as outras pessaos sua retidão o impedia de voltar atrás. Ele nunca mais voltara àquele restaurante onde fora mal atendido, nunca mais bebera depois daquela ressaca, nunca mais ligara depois da resposta atravessada, nunca mais suspirara depois da facada nas costas.

As pessoas chegavam até a temer seus "nunca mais", sabiam que não teria uma volta. O apelido de corvo caiu como uma luva.

Até que ela apareceu. Ele falava "vamos", ela dizia "sim" e eles ficavam. Ele falava "fiquemos", ela dizia "sim" e eles iam. Ela falava "não" e sim, ele continuava, porque ela não o deixava parar.

Até que um dia ele cansou e disse "nunca mais". Ela disse ok, lhe deu um beijo e perguntou: "Me pega amanhã?"

Ele perguntou: "Que horas..."