Texto Antigo
Esse é um texto antigo que tinha ido pra Web a tempos atrás, num blog de textos de putaria que foi aberto por uns amigos blogueiros. Com meu senso apurado de sensualidade e erotismo, acabei participando com dois textos antes do blog ser apagado pelo host da época e o assunto acabar morrendo. Nem sei, sinceramente, porque estou postando ele aqui no Uatafóc. Talvez por eu ser o único que tenha dado a cara a tapa sem usar pseudônimo naquele blog e por eu andar totalmente sem idéia do que postar por aqui. Uma certeza eu tenho, depois de postar isso por aqui não devo conseguir comer mais ninguém através desse blog, que vi perder seu principal sentido...
Fodendo
Essa bola de banha está gemendo. Geme no compasso que as ondas se formam nessa bunda disforme. Não, não tem celulite. Pelo menos não identificável.
Eu fixo o olhar no lençol sujo de merda do casal que estava antes nessa porra de cama imunda, nesse pulgueiro. O cara limpou o pau no lençol. Com certeza depois de meter em um cú arrombado de uma puta de quinze reais. Nada mal prum quarto que custa cinco.
O cheiro de sebo e suor dessa vaca é tão ruim que esconde o cheiro de vômito do carpete, o cheiro de doença venérea que está impregnado em todos os cantos desse quarto maldito.
E essa maldita geme.
Nem sei o porque. Eu mal sinto essa buceta raspar no meu pinto, de tão larga e melada de um corrimento branco malcheiroso. Não, eu não estou fazendo amor. Não consigo nem dizer que eu tou trepando. Eu estou purgando. Purgando tudo que tenho de ruim. Eu enfio meu pinto nessa coisa nojenta como um faca. Cada estocada é uma apunhalada. A cada apunhalada eu mato uma necessidade.
Eu vejo as dobras de banha acima de algo que deveria ser uma cintura. Dá pra ver claramente a linha de sujeira depositada pelo suor nestas dobras. Eu devia estar vendo os peitos, mas ela está de quatro. Chamar aquelas massas caídas e flácidas de peitos é no mínimo um exercício de ironia. Muita ironia.
Não, não vou gozar.
E então você se pergunta: O que eu estou fazendo?
Já disse, purgando. Purgando o senso do belo. Purgando a necessidade do sentimento. Purgando o pudor. Eu meto nessa buceta como meteria em qualquer buraco quente e melado. Eu peguei essa porra na rua, a mulher com muitas aspas que ninguém queria. Eu tenho mulher, tenho filhos, tenho dinheiro, tenho amante. Eu tenho status, tenho influência, tenho acesso e privilégios. Mas não tinha liberdade.
Estou me libertando de tudo. Estou fodendo os conceitos. Estou metendo nos pudores. Estou livre.